Máscaras de Proteção Respiratória: N95, PFF1, PFF2 ou PFF3?
As Máscaras de Proteção Respiratória servem como filtro para evitar a inalação de substâncias tóxicas, fumaças, poeiras e gases que podem causar danos à saúde, sendo geralmente constituídos por um emaranhado de microfibras sintéticas combinadas em camadas e tratadas eletrostaticamente para reter apenas os materiais particulados (poeiras, névoas e fumos) presentes no ambiente.
É importante ressaltar que uma Máscaras de Proteção Respiratória ou Respirador é um Equipamento de Proteção Individual que cobre boca e nariz. Proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis. O respirador, além de ter capacidade de reter gotículas, apresenta proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, como vírus, bactérias e fungos. Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, o respirador deve ter um filtro com aprovação mínima PFF2/P2. Por outro lado, uma máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre nariz e boca. É indicada para proteger o Trabalhador da Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. Serve também para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio Trabalhador da Saúde ou pelo paciente em condição de transporte. É importante destacar que a máscara cirúrgica não protege adequadamente o usuário em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara.
As Máscaras de Proteção Respiratória possuem 2 tipos principais:
Peças Faciais Filtrantes (PFF1, PFF2 ou PFF3): são os respiradores sem manutenção e são considerados descartáveis. Neste caso, a própria peça facial é filtrante. Deve ser trocado sempre que houver alguma lesão (rasgado, perfurado), entupido, ou muito sujo (usuário consegue perceber o cheiro ou gosto do contaminante). |
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Filtros (P1, P2 ou P3): utilizados em respiradores com manutenção onde é admissível a troca do filtro. Necessitam de higienização diária e limpeza na peça facial. |
As classificações dos filtros e para quais contaminantes são recomendados são:
- PFF1 e P1: proteção contra poeiras e névoas partículas não tóxicas (penetração máx. através do filtro de 20%).
- PFF2 e P2: proteção contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas (penetração máx. através do filtro de 6%). Também utilizado para Serviços na área da saúde para proteção contra vírus e bactérias.
- PFF3 e P3: contra partículas tóxicas finíssimas e radionuclídeos e (penetração máx. através do filtro de 0,1%).
Respiradores com classificação PFF2 seguem a norma brasileira (ABNT/NBR 13698:1996) e a europeia e apresentam eficiência mínima de filtração de 94%, enquanto os respiradores com a classificação N95 seguem a norma americana e apresentam eficiência mínima de filtração de 95%. Portanto, respiradores PFF2 e N95 apresentam níveis de proteção equivalente. KN95 são máscaras semelhantes às N95, porém as KN95 atendem às normas chinesas para eficiência mínima de filtração de 95%
Os respiradores descartáveis são classificados em 2 tipos de resistência ao aerossol:
- S - Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água;
- SL - Resistentes a aerossóis base de água e oleosos. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água e oleosas.
Os respiradores descartáveis podem possuir ou não válvula de exalação. A válvula de exalação serve para facilitar a retirada de ar quente de dentro da máscara proveniente da exalação. Este item não influência no fator de proteção, somente no conforto do usuário.
Importante: Respiradores PFF2(S) ou PFF3(S) quando utilizados em ambiente hospitalar ou para proteção contra patógenos (vírus, bactérias e outros) não devem possuir válvula de exalação. A Válvula de exalação permite que o ar seja exalado mais facilmente, pois a válvula se abre para permitir que o ar quente e úmido saia da máscara, melhorando o conforto do usuário. Entretanto, da mesma forma que o ar quente e úmido sai da máscara, os vírus, bactérias e outros patógenos também podem sair. Desta forma, os respiradores com válvula de exalação protegem o usuário da entrada de microorganismos em seu sistema respiratório, mas não impede que o usuário contamine o ar ao seu redor.
Perguntas frequentes:
1. Qual a diferença entre respirador e máscara cirúrgica?
O respirador é um Equipamento de Proteção Individual que cobre boca e nariz. Proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis. O respirador, além de ter capacidade de reter gotículas, apresenta proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, como vírus, bactérias e fungos. Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, o respirador deve ter um filtro com aprovação mínima PFF2/P2. A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre nariz e boca. É indicada para proteger o Trabalhador da Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. Serve também para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio Trabalhador da Saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
É importante destacar que a máscara cirúrgica não protege adequadamente o usuário em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara.
2. Qual a vida útil de um respirador?
De acordo com a NBR 13698, os fabricantes devem informar que a PFF deve ser descartada após no máximo o uso por um turno de trabalho, se aplicável. Também deve ser descartado quando estiver rasgado, saturado ou com elástico solto ou rompido.
Referências adicionais:
- Proteção Respiratória, http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/respiradores.html
- Centers for Disease Control (CDC) Chemical Glove Guidelines. Acesso em: 20.02.04. Disponível em: http//www.orcbs.msu/
- Kilby,J., Kinsler,J.M., Effective glove selection: Match the materials to hazards. American Laboratory, August 1989.
- Torloni, M. Programa de proteção respiratória, seleção e uso de respiradores. São Paulo:Fundacentro, 2002.